Na agricultura brasileira, as pragas e as doenças de solo são um dos grandes desafios enfrentados pelos produtores. Além delas, também temos os nematoides fitoparasitas, que são vermes microscópicos capazes de parasitar as raízes das plantas, na maioria dos casos, com prejuízo direto ao desenvolvimento e à produtividade de diversas culturas, além de gerar dano indireto favorecendo a entrada de fungos nas plantas.

No Brasil, os nematoides estão entre as ameaças que mais causam impacto aos cultivos – e sua incidência avança a cada ano no país. Uma pesquisa inédita realizada pela Syngenta, em parceria com a consultoria Agroconsult e a Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) apontou números preocupantes sobre prejuízos e perdas decorrentes da ação de nematoides e doenças iniciais em lavouras brasileiras.

De acordo com o levantamento, já existe uma estimativa de R$ 65 bilhões em perdas por conta de problemas gerados pelo ataque dos nematoides às plantas, em diversos cultivos. Somente na cultura da soja, hoje, o prejuízo já é de R$ 27,7 bilhões, além disso a pesquisa aponta que esses vermes estão presentes em praticamente todas as regiões produtoras brasileiras e sua população aumenta consideravelmente a cada safra.

O último levantamento, feito em 2021, comprova o avanço dessa ameaça. Confira nos gráficos abaixo as regiões em que há a presença de nematoides no Brasil:

Infográfico

Nematoides: como prejudicam a lavoura?

Os nematoides são organismos microscópicos, vermiformes e que, em sua maioria, são habitantes do solo. Podem ser disseminados por meio de maquinários agrícolas contaminados, mudas produzidas em substratos infectados, água de irrigação e até mesmo por ventos fortes.

Eles atacam as raízes das plantas, prejudicando a absorção de água e nutrientes, o que resulta em desenvolvimento da lavoura abaixo do esperado e menor produtividade, causando danos em diversos cultivos, principalmente na cultura da soja.

Vale lembrar que também temos nematoides que acometem a parte aérea da planta, como as espécies do gênero Aphelenchoides, que são chamados de nematoides aéreos ou foliares.

Muitas vezes, os danos causados pelos nematoides podem ser percebidos em reboleiras, porém, nesses casos, os prejuízos já são bem significativos. Os nematoides estão presentes no solo e, mesmo que não se observe reboleiras, os danos estão sendo causados no sistema radicular das plantas.

Confira as espécies que mais incidem na soja:

  • Meloidogyne spp.: geralmente o ataque desse nematoide pode ser observado por meio de manchas em reboleiras, com plantas amarelecidas e menos desenvolvidas. Nas raízes, seu ataque faz com que haja um crescimento atípico de células vegetais, o que resulta em hiperplasia tecidual ou hipertrofia celular, formando as galhas. No interior dessas estruturas estão as fêmeas do nematoide, que ovipositam nas raízes. Após a eclosão, as formas jovens emergem do solo e atacam as raízes das plantas.
  • Pratylenchus brachyurus: são os chamados nematoide-das-lesões, um dos maiores inimigos da sojicultura. Esses nematoides destroem os tecidos das raízes, causando lesões decorrentes da alimentação e da movimentação do verme dentro dessa estrutura. Com a liberação de toxinas no córtex radicular, causam deformidades que prejudicam o crescimento das plantas. Além disso, os danos provocados nas raízes servem como porta de entrada para fungos e bactérias, responsáveis por causar infecções e doenças que comprometem a produtividade da lavoura.
  • Heterodera glycines: conhecidos como nematoide do cisto da soja, esses vermes infestam o sistema radicular com minúsculas fêmeas de coloração branca. Quando esta morre, seu corpo se transforma em uma estrutura dura de coloração marrom escura, denominada cisto, onde ficam armazenados os ovos. São de grande destaque no Brasil, pois têm a soja como principal hospedeira e se mantêm nas áreas produtoras por um longo período, mesmo em condições desfavoráveis. Os sintomas aparecem em reboleiras, proporcionando o baixo crescimento das plantas por conta das deficiências nutricionais, o que leva à clorose, ao nanismo e ao amarelecimento das folhas.
  • Helicotylenchus dihystera: O H. dihystera é um ectoparasita presente em diversas culturas, mas que tem apresentado crescimento em lavouras de soja. Embora seja cedo para mensurar a capacidade de seus danos, trata-se de uma infestação que requer atenção dos produtores.O Helicotylenchus dihystera provoca sintomas muito parecidos com os causados pelo nematoide-das-lesões (P. brachyurus) e seu aparecimento tem sido frequente nas lavouras de soja devido ao aumento das populações em áreas cultivadas com grandes culturas, de norte a sul do país. Segundo trabalhos apresentados pelo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) no Congresso de Nematologia, esses nematoides também têm demonstrado a capacidade de penetrar nas raízes (comportando-se como um endoparasita), o que aumenta o potencial de danos.

Veja no infográfico a seguir como os nematoides prejudicam a produtividade da soja: 

Infográfico 2

No manejo de nematoides, recomenda-se algumas boas práticas agrícolas, como a limpeza de reservatórios e canais de irrigação, utilização de mudas em substratos esterilizados, higienização dos maquinários e implementos agrícolas, além da realização da rotação de culturas.

Além disso, o tratamento de sementes com soluções nematicidas é uma ação eficaz para combater a proliferação de nematoides na lavoura.

Tratamento de sementes: a solução contra nematoides

O tratamento de sementes é uma das etapas do manejo que consiste na aplicação de defensivos químicos ou biológicos às sementes, com o objetivo de controlar doenças, pragas e nematoides nos estádios iniciais da cultura.

Vale ressaltar que o tratamento de sementes é fundamental no manejo da lavoura e deve ser realizado em sementes que serão utilizadas em locais onde já foi constatada a  presença de nematoides, para proteger as plantas nos estádios iniciais, momento em que estão mais suscetíveis ao ataque, e para evitar prejuízos na produtividade e na rentabilidade. Por isso, é importante realizar um monitoramento da área para detectar a presença desses inimigos.

A Syngenta conta com duas ofertas eficientes no controle de nematoides que podem ser aplicadas nas sementes: Avicta® Completo e Clariva® Sky. Conheça os benefícios de cada uma delas:

Avicta® Completo

Único Tratamento de Sementes Industrial para a cultura da soja que oferece tripla proteção para o manejo de pragas, doenças e nematoides. É composto por Avicta® 500 FS, Cruiser® 350 FS e Maxim® Advanced, proporcionando proteção 3 em 1 para a lavoura, com mais qualidade e conveniência ao produtor.

No controle de nematoides, Avicta® Completo proporciona os seguintes benefícios:

  • alto desempenho: a combinação inovadora favorece a movimentação dos ingredientes ativos junto às raízes, formando uma zona de proteção;
  • controle eficaz: a solução tem excelente performance contra o nematoide-das-galhas e o nematoide-das-lesões.

Clariva® Sky

É uma oferta composta por um nematicida biológico (Clariva®) e um bioestimulante (Epivio® Sky). O efeito biológico dessa combinação controla os nematoides e estimula o crescimento da soja, expressando o máximo potencial genético com plantas mais robustas.

Entre os diferenciais de Clariva® Sky, estão:

  • sinergia de um nematicida biológico + bioestimulante: oferece a máxima proteção contra nematoides, principalmente contra o nematoide do cisto da soja;
  • bioestimulante: acelera o metabolismo da planta, proporcionando maior absorção de nutrientes, melhor eficiência no uso da água e sistema radicular bem desenvolvido;
  • compatibilidade: pode ser usado junto com outros produtos químicos e biológicos.

Não deixe que nematoides, doenças, pragas e plantas daninhas acabem com a produtividade da sua lavoura. Conte com o portfólio completo de produtos da Syngenta, que se preocupa em desenvolver soluções eficazes e de alta tecnologia para contribuir com o manejo do início ao fim do ciclo da cultura.

A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, com o objetivo de impulsionar o agronegócio brasileiro com qualidade e inovações tecnológicas.

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